terça-feira, 15 de outubro de 2013

Biossegurança na Área Estética e seus Profissionais

Uma Clínica de Estética oferece um espaço de bem estar, beleza e de relaxamento, desse 
modo o trabalho do Esteticista  , Fisioterapeuta Dermato Funcional , Biomédica Esteta  e Dermaticista esta diretamente ligada ao contato corporal, por este motivo o 
controle de infecções é do interesse de todos os envolvidos no ambiente da Clínica de 
Estética, portanto, uma obrigação coletiva, que busca controlar as contaminações presentes nos espaços e nos procedimentos
Biossegurança Estética
.

               “O termo biossegurança é muito abrangente, engloba legislação, normas vigentes, cuidados com o paciente, anamnese, conhecimentos das doenças, EPIs, assim como tudo que se refere à limpeza, desinfecção, esterilização, descarte de resíduos, doenças ocupacionais e acidentes no trabalho. 

           Os riscos de infecção cruzada em estabelecimentos de estética e atividades correlatas podem representar um grave problema de saúde pública, pois existem nestes locais uma alta rotatividade de indivíduos e uma grande variedade de veículos potencialmente transmissores de doenças, tais como instrumentais, materiais, equipamentos e as próprias mãos dos profissionais.     
           O conhecimento e a conscientização tanto dos riscos de transmissão de infecções quanto das limitações dos processos de esterilização, são imprescindíveis para que se possa adotar as devidas precauções no que se refere ao controle de infecção cruzada.A área da estética busca constantemente incorporar novas tecnologias relacionadas a produtos e processos, porém, a atenção e os recursos destinados a biossegurança necessitam de mudanças, em especial no que se refere ao controle de infecções.

           BIOSSEGURANÇA 


             Atualmente a biossegurança é uma preocupação de todos os serviços relacionados à saúde (GARBIN et al., 2005), e neles inclui-se a estética, visto que se trata de uma área com grandes riscos de infecção cruzada.


            Conforme Teixeira e Valle citado por Costa e Costa (2002), biossegurança é o conjunto de ações voltadas para a prevenção, minimização ou eliminação de riscos inerentes às atividades de pesquisa, produção, ensino, desenvolvimento tecnológico e prestação de serviços, visando a saúde do homem, dos animais, a preservação do meio ambiente e a qualidade dos resultados. 

             Porém, conforme sugere Melo et al. (2006), para que os conceitos de biossegurança sejam implementados e consolidados, é necessária a conscientização por parte dos profissionais, principalmente sobre a importância da adoção de medidas de controle de infecção como forma eficaz de redução dos riscos de transmissões de agentes infecciosos.

          A primeira etapa do processamento consiste na limpeza dos instrumentais, cujo objetivo é a remoção de sujidades visíveis, pois a matéria orgânica presente (óleo, gordura, sangue, pus e outras secreções) envolve os microrganismos, protegendo-os da ação do agente esterilizante. 
          Por essa razão, a limpeza constitui núcleo de todas as ações referentes aos cuidados de higiene com os instrumentais.
            A limpeza poderá ser realizada de forma automatizada ou manual. Recomenda-se deixar os instrumentais abertos, desarticulados e desmontados, totalmente imersos em solução de água adicionada de detergente enzimático, respeitando a diluição e o tempo de exposição informados pelo fabricante. 
             Decorrido o tempo de imersão, na forma manual, realiza-se fricção em todos os instrumentais utilizando uma escova plástica, e logo em seguida o enxágüe com água potável corrente. Esta etapa é finalizada com a secagem, que objetiva evitar a interferência da umidade nos processos e produtos posteriores, podendo ser realizada com um pano limpo e seco, papel toalha, ou estufa regulada para este fim (Ministério da Saúde, 1994; RAMOS et al., 2000; ANVISA, 2004; ANVISA, 2006; DAMMENHAIN, 2008).

                    Os processos de esterilização em instrumentais utilizados em procedimentos estéticos, contribuem para a prevenção de infecção cruzada, garantindo, do ponto de vista microbiológico, um atendimento seguro. 
Entretanto, existem limitações no que se refere a esta prática, geralmente decorrentes da falta de informação e conscientização quanto aos riscos e também quanto às possibilidades de aplicação, o que pode representar um grave problema de saúde pública.

                Álcool a 70% possui concentração ótima para atividade bactericida, pois a desnaturação das proteínas do microrganismo (atuam na membrana plasmática ou parede celular bacteriana, inibindo sua síntese e provocando sua destruição) faz-se mais rapidamente na presença da água, porque a água facilita a entrada do álcool para dentro do microrganismo, o álcool a 70% também é viruscida


                Alcoóis nas concentrações de 70% e 92% tem excelente atividade contra bactérias gram positivas e negativas, boa atividade contra Mycobacterium tuberculosis, fungos e vírus, além da viabilidade econômica.
O álcool tem a grande vantagem de ser volátil, ou seja, seca (evapora) muito rapidamente. É de fácil uso e é compatível com metais.
                   Estudos mostram a redução de 99% da flora da pele, sendo de baixa irritabilidade cutânea, principalmente quando utilizado com um emoliente (1% de glicerol). Uma fricção de um minuto com álcool 70 em quantidade suficiente para molhar as mãos completamente, tem se mostrado como o método mais efetivo para anti-sepsia das mãos. A lavagem das mãos com álcool 70 durante 3 minutos é tão eficaz como 20 minutos de escovação.MINISTÉRIO DA SAÚDE. Álcool 70%. Disponível em: <www.saúde.sc.gov>
           O hábito de retirar as cutículas das unhas das mãos e dos pés é uma prática cultural típica do Brasil e pode ser um fator importante de contaminação das hepatites B e C. 
Esta pesquisa soroepidemiológica das hepatites B e C foi realizada em profissionais manicures e/ou pedicures nos salões de beleza localizados em alguns bairros e shopping centers, do município de São Paulo .  
   


                   Diante deste contexto a 
Biomédica Esteta, a Esteticista, a Dermaticista  e todos os profissionais responsáveis e atuantes na área estética e/ou em uma Clínica estética,   podem contribuir para a prevenção de infecção cruzada em estabelecimentos de estética e atividades correlatas, atuando junto às Centrais de Materiais e Esterilização (CME), elaborando os  Procedimentos Operacionais Padrão (POP?s), capacitando os profissionais desta área, promovendo a educação continuada e supervisionando os processos de esterilização. 
                   Conclui-se que a eficácia do controle de infecção por meio da esterilização de instrumentais não depende somente dos métodos, dos equipamentos ou dos produtos, mas essencialmente da capacitação dos profissionais envolvidos no processo.

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fonte:
http://bases.bireme.br/cgi-bin/wxislind.exe/iah/online/?IsisScript=iah/iah.xis&src=google&base=LILACS&lang=p&nextAction=lnk&exprSearch=544785&indexSearch=ID

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